terça-feira, 2 de agosto de 2011

CNJ fará mutirão para julgar crimes no PA

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e TJ (Tribunal de Justiça) do Pará vão fazer um mutirão em Belém para acelerar o julgamento de processos de assassinatos, principalmente os relacionados a conflitos agrários.
De acordo com nota do CNJ, o Pará foi escolhido porque é o que apresenta maior incidência de crimes violentos. A expectativa é que a rapidez do julgamento desestimule a prática de novos crimes.
Os juízes estaduais estão selecionando os processos a serem levados ao mutirão, que será realizado no final de setembro ou início de outubro. Esse será o segundo mutirão de julgamento no Estado. O primeiro foi realizado em Marabá, em 2009.
Um dos casos mais marcantes deste ano foi a morte dos líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, ocorrido em maio em uma estrada no leste do Pará.
Nos últimos anos, o Brasil se acostumou a enterrar vítimas da violência no campo. Somente no Pará, nas últimas quatro décadas, mais de 800 pessoas perderam a vida em crimes cometidos no ambiente rural, segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra).
De todos esses casos, apenas 18 foram a julgamento. Oito pessoas foram condenadas, e somente uma cumpre pena. Trata-se de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, apontado como mandante da morte da missionária americana Dorothy Stang, em 2005.

Orm

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