Entrou no 16º dia ontem a ocupação da sede da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Marabá por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os sem-terra começaram a montar acampamento na área no dia 7 e desde então, aumentou consideravelmente o número de pessoas no local. Atualmente, cerca de 1,2 mil famílias estão acampadas nas dependências do Incra, em redes e barracas montadas ao redor de toda a extensão do conjunto de prédios da Superintendência da autarquia, incluindo uma área pertencente à Polícia Federal, que ainda não se manifestou sobre o caso. Apesar da ocupação, as atividades do órgão fundiário não estão paralisadas.
Os sem-terra exigem a desapropriação de 10 áreas onde mais de 4 mil famílias ligadas ao MST estão acampadas à espera de assentamento na região. Alguns desses acampamentos já existem há mais de cinco anos. De acordo com Tito Moura, da Coordenação Nacional do MST, o superintendente do Incra em Marabá, Luís Bonetti, viajou a Brasília levando em mãos a pauta de reivindicações do movimento, mas voltou da capital federal sem nenhuma resposta positiva para o movimento. 'O superintendente disse apenas que estão organizando uma comissão em Brasília para vir aqui ouvir o movimento, o que até agora não aconteceu', lamenta.
Diante disso, segundo Tito Moura, a intenção é aumentar ainda mais o número de famílias acampadas no local. 'Nossa tarefa é trazer para cá 90% das famílias que hoje estão acampadas no sul e sudeste do Pará, aguardando por um pedaço de terra', confirma. Ao todo, existem cerca de 12 mil famílias acampadas nos 39 municípios da área de abrangência da Superintendência Regional do Incra em Marabá. E a meta do instituto para este ano é assentar apenas 1,5 mil famílias.
Orm
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