O ex-deputado Robgol presta depoimento, na manhã desta terça-feira (31), no inquérito que apura o desvio milionário de verbas da Assembleia Legislativa do Pará, durante a administração de Domingos Juvenil. O depoimento acontece na sala da promotoria de justiça dos Direitos Constitucionais, ao promotor Arnaldo Azevedo. À tarde, será a vez da ex-funcionária do setor administrativo da Alepa, Maria Genuína Oliveira.
Robgol chegou meia hora antes do horário marcado, às 8h30. Ele estava acompanhado do advogado Roberto Lauria e foi direto à sala da promotoria, sem falar com a imprensa. A previsão é que o depoimento dele dure pelo menos duas horas. O ex-deputado é acusado de empregar parentes na Alepa.
Na casa do ex-deputado também foi a apreendida a quantia de R$ 500 mil, cuja suspeita é que seja dinheiro desviado da Casa Legislativa. O advogado defende Robgol explicando a origem do dinheiro que foi encontrado na casa do ex-deputado. 'Esse dinheiro era realmente dele, pois tinha ganho uma ação contra o Esporte Clube Bahia, no valor de R$ 370 mil', explicou. Ainda segundo Lauria, Robgol tinha um salário compatível com a sua função, além de ser um esportista bem sucedido.
O defensor de Robgol disse ainda que vai apresentar documentos que comprovem a origem do dinheiro durante seu depoimento na promotoria.
Lauria disse ainda que as nomeações de Robgol foram feitas de acordo com a lei, que permite a nomeação de 45 pessoas pelos deputados, sendo que ele nomeou apenas 33. Disse ainda que os salários também estavam de acordo com a lei, entre 1 e 10 salários mínimos. Em relação às fraudes, ele afirma que Robgol não tem envolvimento. 'Se tem alguma coisa errada é no sistema da Assembleia Legislativa do Pará, pois o Robgol não fez nada de errado e nós vamos provar isso', afirmou.
Orm
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