O juiz da 1ª Vara de Inquéritos Policiais, Pedro Sotero, indeferiu anteontem a ação proposta pelo ex-deputado José Robson do Nascimento, o Robgol (PTB), para receber de volta os R$ 500 mil apreendidos no apartamento dele, no último dia 19 de abril. O magistrado acatou o parecer contrário do Ministério Público do Estado, que apura o envolvimento de Robgol nas fraudes de desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Pará. Segundo o MPE, o dinheiro ainda interessa para o inquérito criminal. Robgol fez declarações retificadoras do Imposto de Renda para a Receita Federal, no dia 5 deste mês, para tentar dar ares de legalidade ao dinheiro.
Na ação, o ex-deputado apresentou cópias das declarações retificadoras, feitas 16 dias após a apreensão pelo Ministério Público. Na ação, o ex-jogador afirma que o valor exato apreendido é de R$ 457.461,00 em dinheiro. Ele também alega ser o legítimo proprietário desses valores, mas não reivindica a restituição dos R$ 40 mil em vales-alimentação e combustível que também foram apreendidos no apartamento dele. Para o MPE, conforme a decisão do juiz, os valores 'seriam provenientes do esquema fraudulento, sendo, portanto, produto de crime, devendo permanecer apreendidos nos autos para a instrução criminal'.
Segundo o MPE, Robgol lotou em seu gabinete diversos parentes que residem no interior da Paraíba, e sacava os salários com procuração dos familiares-servidores. O ex-deputado, que ainda será ouvido em depoimento no MPE, no próximo dia 31, quando terá que explicar a origem do dinheiro e dos vales que possuía. Sotero mandou ouvir a Receita sobre a regularidade das declarações de rendimentos de Robgol, que teve mandato de deputado entre os anos de 2007 e 2010.
Orm
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