Ainda não há data prevista para a emissão da licença definitiva de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. No entanto, o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Curt Trennepohl, acredita que, caso não surjam novas condicionantes, o processo poderá ser concluído assim que o relatório que está sendo preparado por técnicos do órgão, a partir das vistorias feitas entre os dias 12 e 14 de maio, seja apresentado.
'Podem surgir novas condicionantes e, nesse caso, a conclusão [do processo de licenciamento] levará um tempo a mais', disse Trennepohl, depois de participar de um seminário sobre a usina. 'Estamos muito atentos às ações antecipatórias, envolvendo questões de saneamento e de construção e reforma de escolas e postos de saúde', acrescentou, após ser perguntado sobre as áreas identificadas como mais problemáticas para a emissão do licenciamento.
Segundo ele, há condicionantes que só poderão ser cumpridas em etapas posteriores. 'Nem todas condicionantes precisam ser cumpridas na fase da licença prévia. É o caso, por exemplo, do monitoramento da água e do resgate da fauna, que só poderão ser feitos entre a etapa da conclusão das barragens e a entrada em operação da usina, quando a represa começar a encher'.
Trennepohl disse não ter, ainda, ideia de quando o relatório será apresentado. 'Não dá para dar prazos já que eu não participo e nem acompanho o andamento das reuniões entre a equipe técnica. Até porque isso seria uma interferência no trabalho deles', argumentou.
Orm
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