“As conquistas têm sido gradativas, mas o preconceito e a discriminação ainda são muito fortes no trabalho e nos estudos”. A afirmação de Rosinaldo Pinheiro, designer gráfico, ilustra a realidade de muitos negros em todo o Brasil. De origem humilde, Rosinaldo precisou ultrapassar várias barreiras para conquistar seu sucesso profissional e a maior delas foi o julgamento alheio. “Ainda vemos poucos exemplos de pessoas negras em cargos de liderança ou programas na mídia”, diz.
No Pará, apesar do crescimento da proporção das pessoas que se declararam negras e pardas, a situação de desigualdade por cor ou raça ainda continua. Educação, ocupação laboral e remuneração ainda são os principais setores nos quais a diferença entre brancos e negros é expressiva.
Segundo um estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2009, a taxa de analfabetismo no Pará entre as pessoas com idade igual ou superior a 15 anos era de 12,2%. Dentre os declarados brancos, a taxa foi de 8,5%; bem menor do que a registrada entre os considerados negros, que foi de 15,4%.
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