sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Brasil perde 11,2 mil leitos em quatro anos

O número de leitos para internação no Brasil caiu mais uma vez entre os anos de 2005 e 2009. Neste período, o país perdeu 11.214 leitos, o que representa uma queda de aproximadamente 2,5%. O movimento foi observado em todas as regiões, com exceção da Norte, que teve alta anual de 1,0%. Quando a análise é feita em relação à população, também se verifica redução. No mesmo período o número de leitos por mil habitantes caiu de 2,4 para 2,3. Com isso, somente a Região Sul, que tem 2,6 leitos por mil habitantes, ficou dentro do parâmetro preconizado pelo Ministério da Saúde, entre 2,5 e 3.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (MAS) 2009 divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e feita em parceria com o Ministério da Saúde. A pesquisa traça o perfil da oferta de serviços de saúde no país, a partir da investigação dos estabelecimentos públicos e privados do setor, com ou sem internação.
De acordo com o levantamento, as regiões mais desprovidas de leitos em relação à população continuam sendo a Norte (1,8 por mil habitantes) e a Nordeste (2,0). Nelas, conforme destacam os técnicos do IBGE, embora tenha ocorrido aumento na oferta de leitos públicos no período, que representam mais de 50% dos disponíveis para internação, esse número não foi suficiente para compensar a diminuição dos leitos privados e o aumento populacional.
Em todo o país, houve aumento de 0,6% no número de leitos públicos (3.926 a mais). A oferta foi ampliada em todas as regiões com exceção da Sul, que apresentou redução de 0,7% (398 leitos a menos).
Ainda segundo a pesquisa, caiu 12,2% o número de leitos privados disponíveis ao Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as regiões, a Nordeste foi a que apresentou a maior queda, de 23,0%, seguida da Região Centro-Oeste (-16,9%).

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