O governo vai reduzir sete unidades de conservação na Amazônia para permitir a construção de seis hidrelétricas --uma delas seria a quarta maior do país.
O palco da nova investida energética do Planalto é o vale dos rios Tapajós e Jamanxim, no Pará, uma das áreas mais preservadas e mais biodiversas da floresta.
O movimento acontece num momento em que o Brasil sofre pressão internacional por causa do aumento no desmatamento, relacionado ao Código Florestal, e do licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.
Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade), a ideia é ter um projeto de lei ou Medida Provisória determinando a redução das áreas protegidas até agosto.
Documentos internos do instituto, obtidos pela reportagem, mostram que a proposta foi feita sem estudos técnicos e tem oposição unânime dos chefes das unidades.
Segundo eles, as usinas alagariam 3.200 km² (duas vezes a área da cidade de São Paulo). Sua instalação subverteria a razão de ser das unidades de conservação.
Uol
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