Droga conhecida há mais de duas décadas por usuários e autoridades na Amazônia, o oxi é hoje um dos entorpecentes mais usados nas cidades do Norte do Brasil, de acordo com autoridades policiais da região.
“O oxi hoje já responde por cerca de 80% das apreensões de drogas aqui no Pará. Definitivamente essa é a droga da moda aqui na nossa região”, afirma o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do Pará, Ivanildo Santos.
Versão mais tóxica e mais barata do crack, o oxi está agora chegando aos grandes centros do Sudeste, depois de já ter feito grandes estragos nas regiões de fronteira.
“É mesmo uma epidemia, uma questão de saúde pública. Como o oxi é mais barato do que o crack, a tendência é que se torne a droga dominante nas periferias pobres das grandes cidades,” diz Santos.
“Algumas semanas atrás, eu apreendi uma carga de mais de 20 quilos de oxi aqui em Belém, com traficantes fortemente armados”, diz o delegado Eder Mauro, policial conhecido por perseguir duramente os traficantes da região.
Nas ruas de Belém, no Pará, é comum sentir o cheiro de plástico queimado e combustível que emana dos grupos de usuários da droga.
“A vida na rua é difícil. Eu tenho que correr atrás de dinheiro todos os dias para drogas ou eu não durmo”, disse um usuário de oxi à BBC Brasil, entre um trago e outro.
“(Se eu não usar a droga) Fico agoniado. Quando vejo a pedra (de oxi) acabando, já começo a pensar como fazer para conseguir mais.”
Oimpacto
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