Um parecer da equipe técnica da Fundação Nacional do Índio (Funai), assinado no dia 14 de janeiro, pede que a fundação não se manifeste favorávelmente à emissão da licença de instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).
“Uma vez que as condicionantes indígenas ainda não apresentaram resultados concretos positivos para as comunidades indígenas, não recomendamos que a Funai manifeste-se favoravelmente à emissão de qualquer licença de instalação”, diz o parecer.
O antropólogo e presidente da Funai Márcio Meira, entretanto, deu o seu aval à usina no dia 20 de janeiro, em ofício enviado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), contrariando o parecer técnico.
No parecer da equipe técnica, cuja revista Época teve acesso, há preocupação com a localização da obra, planejada para situar-se a cerca de 10 km da Terra Indígena Paquiçamba.
“Há ausência de ações concretas para aquela comunidade e demais participantes do componente indígena. Mais que isso, o afluxo populacional previsto para a construção das instalações iniciais, segundo o próprio empreendedor, passa das 3 mil pessoas. Essa estimativa, sem as ações emergenciais para as terras indígenas e sem as demais ações de reforço das estruturas básicas de infraestrutura de Altamira tendem a não ser precisas, impactando diretamente os serviços e os recursos naturais da região”, descreve o parecer técnico.
Fonte: Orm
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