O VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública e Privada nas Capitais Brasileiras, concluído em 2010, mostrou diminuição de 49,5 % no uso de drogas ilícitas entre estudantes da rede pública do país, na comparação com a última pesquisa, realizada em 2004. Esse cálculo levou em consideração o uso, continuado ou não, no ano, de solventes, inalantes, ansiolíticos, anfetamínicos, cocaína, maconha, crack e anticolinérgicos. Somente no caso da cocaína não houve redução de consumo.
Na comparação entre as pesquisas de 2004 a 2010 também houve redução expressiva dos relatos de consumo de bebidas alcoólicas e tabaco pelos alunos da rede pública. O consumo de álcool, por exemplo, diminuiu 35,1%, enquanto o de tabaco reduziu 37,6%.
A série histórica de levantamentos compreende os anos de 1987, 1989, 1993 e 2004. Até 2004, apenas estudantes da rede pública eram pesquisados e, até, 1997, somente 10 capitais participavam do levantamento. O estudo atual, feito pela Senad em parceria com o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas) trouxe, pela primeira vez, dados do uso de drogas entre alunos da rede particular de ensino. Por meio de questionário, de auto-preenchimento, a pesquisa foi aplicada em 789 escolas, com 50.980 estudantes pesquisados, destes 31.280 da rede pública e 19.610 da particular.
O VI Levantamento identificou que há diferenças na proporção do uso de substâncias psicotrópicas entre alunos da rede privada e da pública. Foi revelado, por exemplo, que 9,9% dos estudantes das escolas públicas utilizaram, nos 365 dias anteriores a aplicação do questionário, qualquer tipo de droga, exceto álcool e tabaco), enquanto na rede particular esse número foi de 13,6%.
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