O estado do Pará contabiliza até agora mais de 46 mil propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O Mato Grosso tem mais de 10 mil, e o Amapá, que tem mais de 90% de sua cobertura florestal conservada já discute a implantação de um CAR em seu estado. Essa troca de experiências, dificuldades, sucessos, resultados, foi encerrada nesta quinta-feira, 16, no Hotel Hilton, em Belém, durante o Seminário Fortalecendo o cumprimento do Código Florestal - Avanços e Desafios para implementação do CAR na Amazônia.
O evento foi organizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) do Pará, ONG The Nature Conservancy (TNC) e Embaixada Britânica, que convidaram técnicos das Secretarias de Meio Ambiente do Amapá, Mato Grosso, Amazonas e Acre para a discussão [esses dois últimos estados não puderam comparecer]. Instituições públicas e privadas, a exemplo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Instituto de Desenvolvimento Econômico-Social (Idesp), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) também estiveram presentes e puderam dar suas contribuições.
De acordo com a técnica Daniele Montenegro, da Secretaria de Meio Ambiente do Amapá, já existe um desejo de implementar o CAR como medida preventiva, uma vez que o estado ainda tem 72% de seu território em unidades de conservação e terras indígenas. "Não estamos executando o CAR porque ainda precisamos trabalhar bastante. Temos que fazer o arcabouço legal que não temos, e definir um sistema, mas é uma meta para começarmos a trabalhar no próximo ano", disse animada.
No Mato Grosso, o CAR é praticamente o licenciamento, sendo a etapa inicial deste, mas de forma bem simplificada. No começo da implementação do cadastro, houve resistência por parte dos proprietários, mas conforme explica o representante do estado, Thiago Rodrigues, o trabalho de divulgação mudou o quadro.
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