sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mundial de Clubes: Por que o Inter de Milão virou abóbora

Não há analogia que sirva melhor para o momento do Inter de Milão do que a carruagem que virou abóbora. Não é inédito na história do futebol, mas ilustra a atual fase do nerazzurro, potência que deve ser o maior obstáculo no caminho do Internacional no Mundial de Clubes. O fim de jogo contra o Bayern de Munique e o título da Liga dos Campeões que consumou a Tríplice Coroa, em maio, soaram como a meia-noite da Cinderela.
É bem verdade que ainda houve a conquista da Supercopa da Itália, em jogo único contra o Roma. Um espasmo de felicidade dentre os muitos percalços que fizeram os atuais pentacampeões italianos estacionarem, como a derrota na Supercopa Europeia e o início instável na Série A e Liga dos Campeões. O maior deles é dos mais óbvios: a saída de José Mourinho e a chegada de Rafael Benítez.
O português não é o “The Special One” à toa. No Internazionale, Mourinho fez a maioria de seus jogadores render o máximo, encaixou uma tática compacta com um contra-ataque mortal e venceu tudo o que disputou. A história tem sido bem diferente com o treinador espanhol no comando. Nem tudo por sua culpa.
Nenhum jogador importante foi vendido. E ainda houve a aquisição de Philippe Coutinho, dono de boas atuações nesta primeira metade de temporada. O problema, desde agosto, é com o departamento médico, atualmente quase sem vagas. O ex-vascaíno, inclusive, está fora do Mundial de Clubes por conta de uma lesão muscular. A defesa, um dos setores mais elogiados, perdeu Julio César, Maicon e Samuel - o argentino será ausência até maio. Cambiasso, Stankovic, Sneijder, Chivu e Diego Milito também frequentaram o DM e lidaram com o esgotamento físico após um calendário cheio. Sem contar os jogadores menos expressivos. Só Eto’o, autor de incríveis 18 gols na temporada, salvava.

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