O Pará continua no penúltimo degrau do ranking brasileiro de abastecimento de água e de saneamento, através de rede de coleta de esgoto. Só ganha de dois Estados: Amapá e Rondônia nas duas categorias. Essa realidade cruel foi apresentada ontem aos deputados estaduais pelo presidente da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), Antônio Brabo, e pelo secretário estadual de Planejamento e Orçamento, Sérgio Bacury, justificando aos parlamentares sobre a necessidade de a Casa autorizar o pedido de empréstimo à Caixa Econômica Federal no valor de R$ 225.6 milhões, sendo de R$ 22.7 milhões a contrapartida do governo estadual.
A reunião, realizada ontem à tarde na Comissão de Finanças da AL, foi pedida pela bancada petista e presidida pelo deputado Martinho Carmona, que comanda a comissão.
Só para se ter uma ideia das condições de saneamento do Estado do Pará, informa o presidente da Cosanpa, somente 51.4% das residências paraenses da área urbana têm cobertura de abastecimento de água e ainda bem pior é a cobertura de esgoto sanitário. São apenas 2.4% das áreas urbanas. “É um fator extremamente preocupante e grave para a saúde pública e para o Índice de Desenvolvimento Humano”, definiu Antônio.
O projeto apresentado semana passada ao parlamento tramita em regime de urgência e na próxima semana deverá receber parecer e ser votado na comissão, antes de ser enviado para apreciação em plenário. A intenção do governo é aprovar a matéria ainda este mês. O pedido de autorização do empréstimo à Caixa Econômica Federal será para atender a segunda etapa do programa PAC II, lançado em novembro de 2010 pelo governo federal e vai beneficiar os municípios de Belém, Ananindeua, Marituba Castanhal, Alenquer e Moju.
O Impacto
Nenhum comentário:
Postar um comentário