O governo procura 800 mil famílias que têm direito ao pagamento entre R$ 32 e R$ 242 por mês do Bolsa Família, mas ainda não estão cadastradas. A chamada “busca ativa” dos pobres “invisíveis” é um dos principais itens da parceria que a presidente Dilma Rousseff pretende fechar com os governadores para levar adiante o plano de erradicação da extrema pobreza. O pacto será tema da reunião desta segunda-feira em Arapiraca (AL) com os governadores do Nordeste.
O cadastramento das famílias pobres é uma responsabilidade das prefeituras. O governo identificou 183 dos municípios com “vagas” no programa. Eles têm o número de beneficiários do Bolsa Família inferior à estimativa oficial mais recente de pobres em escala municipal, lançada pelo IBGE em 2006, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O problema é mais grave no município de São Paulo, onde quase 40% dos potenciais beneficiários não recebem os pagamentos do programa. A meta do governo é alcançar todas as famílias com renda abaixo de R$ 140 por pessoa até 2013. Até o final do ano, o programa ganhará mais 320 mil famílias.
Os números de pobres e as metas poderão ser revistas a partir de dados do Censo de 2010. “O Estado está atrás dessas famílias, temos déficits de cobertura em vários municípios, como São Paulo e a sua região metropolitana”, disse Ana Fonseca, secretária extraordinária para superação da extrema pobreza. Segundo ela, o programa de transferência de renda poderá alcançar 13,7 milhões de famílias até 2013. Com o reajuste dos benefícios concedido em março, a expectativa era que 500 mil famílias do programa superassem a extrema pobreza. Mas ainda restariam quase 5 milhões de famílias nessa situação.
G1
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