Com 1 milhão de hectares disponíveis para manejo florestal sustentável na Amazônia, o governo pretende ampliar a concessão de florestas para empresas madeireiras e aumentar o volume de recursos para o manejo feito por pequenas comunidades.
Criar metas para os dois setores está na lista de prioridades para 2011 do diretor do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), Antônio Carlos Hummel. Desde a criação da Lei de Gestão de Florestas Públicas em 2006, apenas uma concessão florestal entrou em funcionamento, a da Flona (Floresta Nacional) do Jamari, em Rondônia.
'Criamos bases para ter uma economia florestal de base sustentável. A dificuldade do início é natural. Não foi um processo automático, tivemos que criar uma instituição nova, construir o marco legal, resolver questões fundiárias', disse, em entrevista à Agência Brasil.
Com a entrada em operação da segunda concessão licitada, na Flona Saracá Taquera, no Pará – que deve ocorrer ainda no primeiro semestre – e o leilão de áreas que já têm editais prontos, o SFB espera consolidar o processo de concessões florestais.
'Precisamos dar escala e mais agilidade às concessões e, principalmente, criar mais florestas nacionais para atender à demanda por madeira. Existem em torno de 50 milhões de hectares com potencial para virar flonas', calcula Hummel. Para atender à atual demanda por madeira, seriam necessários pelo menos 35 milhões de hectares de florestas manejadas.
Parte da produção deverá vir de projetos comunitários de manejo, operados por comunidades ribeirinhas, extrativistas e assentamentos da reforma agrária. Além da produção madeireira, a ideia, nesses casos, é oferecer alternativa econômica sustentável para quem vivia do desmatamento ilegal.
Fonte: DOL
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