O governo do Estado será parceiro de todas as prefeituras paraenses que decidirem assinar o Termo de Compromisso estipulado pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o desmatamento na pecuária. Mas para isso o governador Simão Jatene cobrou um pacto de união e compromisso dos prefeitos, num esforço conjunto para sanear os problemas hoje existentes. "Temos que dar um freio de arrumação e construir uma nova história nessa área também", ressaltou o governador, que na noite desta quinta-feira (20) participou de uma reunião com 26 prefeitos e representantes de 27 municípios que concentram boa parte da produção bovina do Estado, no auditório do Centro Integrado de Governo (CIG).
Na primeira reunião conjunta com prefeitos após sua eleição, Jatene deixou claro aos gestores que a questão ambiental veio para ficar. "Não podemos e nem vamos ficar omissos nessa discussão. É um desafio para o Estado, para os municípios e para o setor produtivo. Se não nos unirmos. será muito pior, destacou".
Grande parte dos prefeitos está apreensiva porque encerra no dia 31 o prazo para que as prefeituras façam a adesão ao pacto contra o desmatamento proposto pelo MPF. Até agora, 30 gestores assinaram o Termo de Ajuste de Conduta. Para os municípios que não assinarem, fica valendo as condições já acordadas com os frigoríficos: quem não tiver pedido a licença não pode comercializar gado.
Após relembrar episódios que lhe marcaram na campanha, Jatene deixou claro que apoiará indistintamente os correligionários e também os que não lhe apoiaram. "Se eu olhar para o retrovisor, corro o risco de bater no carro da frente e preciso que vocês me ajudem, pois o governo é para todo o povo do Pará", esclareceu o governador, dizendo que estava ali para ouvir as demandas dos prefeitos.
E não foram poucas. Falando em nome dos municípios, Helder Barbalho destacou que a maioria dos 30 prefeitos que assinou o termo o fez por pressão do MPF e da Justiça, para evitar que os municípios entrassem num colapso econômico. "80% não tem condições de assumir o que o termo pede, mas estavam com a faca no pescoço", comparou.
Helder deixou claro que assinou o termo como prefeito de Ananindeua e não como presidente da Famep. E só o fará quando tiver a anuência de todos os associados à entidade que já tiverem assinado. "Precisamos, com a ajuda do Estado, reiniciar esse debate e solicitar novos prazos. Até o dia 31, como está posto, é impossível", garante.
Fonte: Agência Pará
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